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terça-feira, 29 de março de 2011

Tristeza...

Como conseguia isso? Helen levantava-se todos os dias e mirava-se no espelho, sustentando sempre a mesma mentira. 'E o que é tão grande que suprime toda a sensatez?'...(É o que é tão infinito que não cessa mesmo com a mais imensa alegria...)

Levantar-se. Caminhar rápido para não pensar em si. Procurar pessoas para não sentir-se só - e não ter tempo de refletir sobre nada. Rotina... Afazeres e desenhos tão bem feitos que retratavam a alma... a alma de um outro alguém, nunca a sua própria.

De tão complexa era simples... de tão simples era fácil, de tão fácil era rapidamente aceitada. Ninguém a conhecia e ela não seria a primeira a aprofundar-se em si.

Bebia sua água e atentava-se sempre para a última gota escorrendo pelo copo. Uma última, simples, logo reprimida por Helen, que deixava subitamente de observar o reflexo de seu rosto projetado no copo...

Um comentário:

  1. Sempre leio, porém acabo não comentando... =/
    Amo suas descrições... Situações vividas, imaginadas...

    Sua leitora.
    Bj*
    Até a próxima!

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