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quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Transitando direta e indiretamente

Viver é coisa estranha, mas de uma estranheza boa. Cada ser humano deve ter, penso eu, sua maneira de se entender 'vivendo'. Na maioria das vezes, quando não consigo listar minhas obrigações, literalmente, é como se eu não funcionasse. E, pela mania de utilidade que me foi tatuada na alma pela sociedade da praticidade, não funcionar, no sentido de não ter função prática, é não viver.

Minha máxima descartiana seria 'Listo, logo vivo' e, seguindo a lógica inversa, não listar, para mim, é não viver.

Ora, quando isso está no inconsciente, maquiado pelos pensamentos mais estranhos, não é de praxe eu me incomodar. Mas, eis que a lógica da minha definição de vida resolveu transitar para o lado consciente do cérebro. E essa transição se fez sentir — não pelos passos no assoalho, mas pelos pensamentos  desencadeados. Parece que a minha definição de vida trouxe consigo pensamentos-chave que me ajudam a decifrá-la melhor. Disso concluo que, assim como eu, minha definição tem mania de esquecer de trancar portas.

As perguntas desencadeadas são: eu estou vivendo? eu vivo certo? há jeito certo de viver?

Não sei. Mas será que meu jeito de viver é puramente uma lista? Investigando, meio que lembrei do meu lado matemático. Acho que eu vivo, na verdade, fazendo balanços da minha própria vida. Não seria melhor deixar os balanços para quando realmente forem necessários? Para quando, por exemplo, o filminho de uma vida inteira resolver passar diante dos meus olhos? 

Enquanto isso, vou existindo e vivendo do jeito matemático que sei. E, para isso, me ajudam as listas:

- atualizar meu cantinho
- visitar blogroll
- definir poses para ensaio fotográfico hobby
- ver pautas da aula de Núcleo
- leitura - livro prova
- leitura - livro clube

E esse post só existe porque eu queria fazer uma mesclagem de observações sobre os filmes "Medianeiras" e "Her". Definitivamente, isso vai ter que esperar um outro post.

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