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terça-feira, 23 de março de 2010

Palavras que não saem de mim...


A vida sempre surpreendente: no topo do mundo ou nas profundezas do desespero? Onde quer que estejamos, sempre há algo novo, à espreita, esperando para ser aprendido. Há momentos em que nos sentimos no topo do mundo, geralmente quando nos damos conta do quão afortunados somos. 

Noutros, porém, tudo aquilo que tem a capacidade de frustrar nossos projetos e esperanças surge, de mistura, e nos leva à sensação de abandono, desamparo...

Choramos por nós mesmos quando isso acontece. Os problemas do restante do mundo parecem coisas ínfimas, insignificantes e, quando caímos em nós, refletimos sobre a nossa capacidade humana de dar a mão ao egoísmo e sermos guiados no escuro por ele. O bom é que sempre há algo capaz de nos mostrar a verdade, sem enfeites, sem rasgos. A verdade pela verdade. No meu caso são palavras. 

E, mesmo que existam imagens e ações que falem mais que todas elas juntas, eu sei que sempre ficarei imóvel quando as palavras certas me alcançarem. E sei também que eu aprenderei com elas, aprenderei a ser alguém melhor e a perceber o valor das coisas que tenho.


"Amanhã eu fico triste... amanhã!
Hoje não... Hoje fico alegre!
E todos os dias, por mais amargos
que sejam, eu digo:
Amanhã eu fico triste, hoje não..."
"Poema encontrado na parede de um dos dormitórios de crianças do campo de extermínio nazista de Auschwitz."

Essas são palavras que não sairão de mim, por mais que eu tente, por mais que me façam ver a verdade contida nelas em contraste com as condições nas quais foram escritas... elas permanecerão em mim.
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E em você? Bem, isso somente uma pessoa pode responder.

Um comentário:

  1. Belo post... como sempre. Mas, amei o poema encontrado nos campos de extermínio nazista.

    Beijos

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